top of page

Refletir sobre os acontecimentos da vida é um exercício. Vamos exercitar lendo essas fábulas?

A LEBRE E A TARTARUGA

Um dia, uma Lebre ridicularizou as pernas curtas e a lentidão da Tartaruga. A Tartaruga sorriu e disse: "Pensa você ser rápida como o vento, mas, acredito que Eu a venceria numa corrida."

A Lebre claro, considerou aquela insinuação como algo impossível de acontecer, e aceitou o desafio na hora.

Convidaram então a Raposa para servir de juiz, escolher o trajeto, e o ponto de chegada.

E no dia marcado, do ponto inicial, partiram juntos.

A Tartaruga, com seu passo lento, mas firme, determinada, concentrada, em momento algum, parou de caminhar rumo ao seu objetivo.

Mas a Lebre, confiante de sua velocidade, despreocupada com a corrida, deitou à margem da estrada para um rápido cochilo.

Ao despertar, embora corresse o mais rápido que suas pernas o permitissem, não mais conseguiu alcançar a Tartaruga, que já cruzara a linha de chegada, e agora descansava tranquila num canto.

 

O que esta história te faz pensar?

A CIGARRA E A FORMIGA

Num dia soalheiro de Verão, a Cigarra cantava feliz. Enquanto isso, uma Formiga passou por perto. Vinha afadigada, carregando penosamente um grão de milho que arrastava para o formigueiro.

- Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, em vez de te afadigares tanto?

– Perguntou-lhe a Cigarra.

- Preciso de arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga.

– Aconselho-te a fazeres o mesmo. - Por que me hei-de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta... – respondeu a Cigarra, olhando em redor.

A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se embora. Quando o Inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer. No entanto, viu que as Formigas tinham muita comida porque a tinham guardado no Verão. Distribuíam-na diariamente entre si e não tinham fome como ela.

 

O que esta história te faz pensar?

OLEÃO E O RATO 

Certo dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir

- Perdoa-me! - gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca o esquecerei. Quem sabe se um dia não precisarás de mim?

O Leão ficou tão divertido com esta ideia que levantou a pata e o deixou partir.

Dias depois o Leão caiu numa armadilha. Como os caçadores o queriam oferecer vivo ao Rei, amarraram-no a uma árvore e partiram à procura de um meio para o transportarem.

Nisto, apareceu o ratinho. Vendo a triste situação em que o Leão se encontrava, roeu as cordas que o prendiam.

E foi assim que um ratinho pequenino salvou o Rei dos Animais.

E qual a moral da história?

A BELEZA DO ALCE

A água do lago estava tão limpa que parecia um espelho. Todos os animais que foram beber água viram suas imagens refletidas no lago. O urso e seu filhote pararam admirados e foram embora. O alce continuou admirando a sua imagem:

- Mas que bela cabeça eu tenho.

De repente, observando as próprias pernas, ficou desapontado e disse: Nunca tinha reparado, nas minhas pernas. Como são feias! Elas estragam toda a minha beleza!

Enquanto examinava sua imagem refletida no lago, o alce não percebera a aproximação de um bando de lobos que afugentara todos os seus companheiros. Quando finalmente se deu conta do perigo, o alce correu assustado para o mato. Mas, enquanto corria, seus chifres se embaraçavam nos galhos, deixando-o quase ao alcance dos lobos. Por fim o alce conseguiu escapar dos perseguidores, graças às suas pernas, finas e ligeiras. Ao perceber que já estava a salvo, o alce exclamou aliviado:

- Que susto! Os meus chifres são lindos, mas quase me fizeram morrer! Ah, se não fossem as minhas pernas!

ASSEMBLÉIA DOS RATOS 

Era uma vez uma colônia de ratos, que viviam com medo de um gato e resolveram fazer uma assembléia para encontrar um jeito de acabar com aquele transtorno. 

Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim um jovem e esperto rato levantou-se e deu uma excelente idéia; a de pendurar uma sineta no pescoço do gato e assim, sempre que o gato tivesse por perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. 

Todos os ratos bateram palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um velho rato que tinha ficado o tempo todo calado levantou-se de seu canto. O velho rato falou que o plano era muito inteligente e ousado, que com toda a certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem ia pendurar a sineta no pescoço do gato?

A RAPOSA E AS UVAS

Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes uvas negras, e o mais importante, maduras.

Não pensou duas vezes, depois de certificar-se que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher o seu alimento.

Usou de todos os seus dotes, conhecimentos e artifícios para apanhá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou cansando-se em vão, e nada conseguiu.

Desolada, cansada, faminta e frustrada com o insucesso de sua empreitada, suspirando, encolheu de ombros e deu-se por vencida.

Deu meia volta e foi-se embora, desapontada foi dizendo:

“As uvas afinal estão verdes, não me servem…”

Quando já estava indo, um pouco mais à frente, escutou um barulho como se alguma coisa tivesse caído no chão… Voltou correndo pensando ser as uvas.

Mas quando chegou lá, para sua decepção, era apenas uma folha que havia caído da parreira. A raposa, decepcionada, virou as costas e foi-se embora de novo, falando que não queria mesmo as uvas.

O CALVO E A MOSCA

Estava um homem calvo (careca) se refrescando à frente da porta de sua casa, olhando o movimento das pessoas, quando uma mosca importuna veio e, de contínuo, pousava-lhe na careca; o homem a açoitava com a mão; ela, porém, ligeira fugia, mas depois voltava. Deste modo o calvo dava grandes tapas em si próprio, e a mosca ria-se a valer. “Vá-se embora”, disse o calvo; “Mas por quê? Esses tapas não me doem nem um tiquinho" retorquiu a mosca. 

A VEZ DA OVELHA MARIA

Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo, Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também.

Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as outras.

Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.

– Ai que lugar quente!

As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf!

Maria ia sempre com as outras.

Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de ervilhas. Maria detestava ervilhas. Mas, como todas as ovelhas comiam ervilhas, Maria comia também. Que horror!

Foi quando de repente, Maria pensou: “Se eu não gosto de ervilhas, por que é que eu tenho que comer salada de ervilhas?”. Maria pensou, suspirou, mas continuou a fazer o que as outras faziam.

Até que as ovelhas resolveram saltar do alto do monte para dentro da lagoa. Todas as ovelhas saltaram. Saltava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: “mé!”. Saltava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: “mé!”.

E assim quarenta e duas ovelhas saltaram, quebraram o pé, chorando “mé, mé, mé”! Chegou a vez de Maria saltar. Ela recuou, e não quis quebrar o pé.

Agora, “mé!”, Maria vai para onde caminha o seu pé.

bottom of page